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Mimoso

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Frames da videoperformance (vídeo projeção em três telas), 2014. 05:16 minutos.
Montagem exposição Desterro no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, Recife, 2014.

Mimoso, 2014
Juliana Notari (PE)
Videopeformance, 4’44’’

Realizado na Ilha do Marajó em coprotagonismo com o búfalo Mimoso, a ação integra a pesquisa que a artista vem desenvolvendo sobre a presença do corpo feminino em contraposição a uma sociedade que se orgulha da virilidade e do falocentrismo.
Amarrada ao animal e arrastada pela areia da praia do Pesqueiro no arquipélago do Marajó, ciente que após a ação o búfalo seria castrado em seguida, a artista incorpora a castração do animal à obra comendo seu testículo cru embebecida por uma paisagem singular. Como num transe provocado pelo contexto, incorporando a virilidade que fora arrancada do animal, num ato – mais canibal que piedoso – de perpetuação de sua energia libidinal. Deslocando assim, uma prática brutal de castração realizada cotidianamente na ilha, para um gesto artístico que sublinha a violência entre as diversas formas de existir.

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