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Diva

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Intervenção na paisagem, na Usina de Arte (em Água Preta, Pernambuco, Brasil), 2020
Concreto armado, resina e pigmento
Dimensões: 33 x 16 x 6 m

“Numa terra arrasada pela monocultura do açúcar e seus traumas sociais – as terras da Usina Santa Terezinha, desde 2015 transformada em Usina de Arte (no município de Água Preta, em Pernambuco) –, Notari abre outra ferida.

Diva, uma prospecção-buraco-escultura de 33 metros de comprimento, abcesso que dar a ver a violência histórica sobre os corpos femininos e que seguem sendo cotidianamente feridos de muitas – e, a depender de sua cor ou gênero, de distintas e assimétricas – maneiras, assim como o corpo de Gaya, a nossa Mãe terra. Além destes corpos, Diva traz à tona os traumas coloniais imensuráveis que, contra a invisibilização, seguem lutando por reparação. Enquanto ferida, a própria Diva segue reencenando – posto que revira feridas abertas – as desigualdades raciais sobre as quais se assenta o Brasil, sintoma de um campo da arte que, tal qual outros âmbitos da sociedade, historicamente exclui corpos não-brancos”.

Clarissa Diniz

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